sábado, 3 de maio de 2008

Caso Clínico 01/2008

TMS, 5 anos, parda, moradora da Cohab VI, Petrolia-PE há 5 dias apresenta-se nauseada e vomitou há 4 dias. Associada a hiporexia e febre constante não aferida e não responsiva a paracetamol. Há 1 dia evoluiu com edema cervical circular. A mãe da paciente nega que a filha tenha apresentado diarreia, outros contatos com pessoas de sintomatologia semelhante e o calendário vacinal está completo.
Ao exame físico apresenta REG, hipodinâmica, eupinéica, 100 bpm, descorada (+/++++), desidratada (+/++++) e afebril. Mucosa oral com membrana acinzentada, tonsilas palatina hiperemiada, cárie no incisivo inferior esquerdo, edema cervical circular mais evidente à esquerda, quente e doloroso a palpação, o que impossibilitou palpar os linfonodos cervicais. Demais sistemas NDN.

Qual as hipóteses diagnósticas? Que conduta você tomaria? Você pediria alguma exame complementar? Quais?


*************************************************************************
Exames solicitados:

Hemograma – leucocitose (18500 cel/mm3) com desvio a esquerda
ASLO – Reagente
K+: 3,9 mmol/L
Na+: 138 mmol/L
VHS – 1º hora 24mm / 2º hora 32 mm
TSH – Dentro dos padrões para idade
T3/T4 – Dentro dos padrões para idade
Anticorpos anti-epstein baar – não disponível no serviço
Sorologia Difteria – não disponível no serviço
Sorologia Caxumba – não disponível no serviço

Cultura – Não houve crescimento de colônias.
Cândida sp. – não houve crescimento
Bacterioscopia da lesão – presença de gram +

Rx de Tórax - NDN
Rx de Seios paranasais - NDN
Rx Cervical – sugestivo de edema em partes moles
TC com contraste – não liberado
ECG – Normal

Diante disso qual a conduta a ser tomada?
ps. Novos comentários até terça-feira (13/05) . Quarta-feira, discussão em sala de aula.

28 comentários:

Unknown disse...

A principal hipótese diagnóstica é parotidite, conhecida popularmente como papeira ou caxumba, pela presença de um edema na região cervical, mais evidente à esquerda, e sintomas como febre e prostração que precederam esse sinal. Um diagnóstico diferencial é a difteria, devido à presença de placas acinzentadas na mucosa oral, porém há o aumento dos gânglios linfáticos do pescoço, o que não ocorre nesse caso clínico “impossibilitou palpar os linfonodos cervicais”, além do mais essa afecção é menos comum na atualidade. Outra hipótese é a faringoamigdalite estreptococica, devido à hiperemia das tonsilas palatinas e da presença de cárie, porém a característica do edema cervical não condiz com essa infecção.
O tratamento é feito com analgesia, hidratação e repouso.
Não seria necessária indicação de exame complementar, porém se quiser obter certeza procura-se anticorpos, com ELISA, por exemplo.

Camila Souto

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

As hipoteses diagnosticas são: faringite ou amigdalite causada por gram positivo, provavelmente estreptococos.
A conduta deve ser usar penicilina G e em caso de alergia, usa-se a eritromicina, alem de recomendar uma melhor higiene oral e encaminhar para um dentista.
Deve ser feito a cultura da lesão, o eletrocardiograma para se retirar a suspeita d possivel endocardite, Rx de torax e de seios paranasais em caso de presença de abcesso dentario.

Anônimo disse...

As hipoteses diagnosticas são: faringite ou amigdalite causada por gram positivo, provavelmente estreptococos.
A conduta deve ser usar penicilina G e em caso de alergia, usa-se a eritromicina, alem de recomendar uma melhor higiene oral e encaminhar para um dentista.
Deve ser feito a cultura da lesão, o eletrocardiograma para se retirar a suspeita d possivel endocardite, Rx de torax e de seios paranasais em caso de presença de abcesso dentario.

Anônimo disse...

Principais hipóteses diagnósticas:
-Faringite estreptocócica do grupo A(febre,náuseas,vômitos,edema circular cervical,tonsilas palatina hiperemiada)
-Difteria amigdalofaríngea-Corynebacterium diphteriae(edema cervical, mucosa oral com membrana acinzentada,tonsilas palatina hiperemiada)
Condutas:
Cultura de orofaringe
Isolamento do Corynebacterium diphteriae
ECG(excluir endocardite)
De acordo c os resultados clínicos e c os exames laboratoriais :
-Evitar complicaçoes supurativas e febre reumática(uso de penicilina G benzatina ou eritromicina se alérgico á última).Tratamento ambulatorial
-Se difteria:administração de antitoxina diftérica







GRACIELE VIVIANNE

Anônimo disse...

HD:Faringite bacteriana, amidalite ,sarampo .
Conduta:Faria um tto para faringite bacteriana e amidalite bacteriana .No sarampo pode aparece casos de amidalites,porém como o calendário vacinal ta em dias pode- se descartar sarampo.Penicilina benzatina IM,DU.De exames complementares pediria ECG para afastar complições como a FR e endocardite Porém depois de 10 dias desse quadro de IVAS ,pois é quando se espera as manifestações cardíacas.Sorologia seria desnecessário pois eu já sei q o pcte possui um Streptococcus Beta hemolítico do grupo A que é oprincipal causador de caries ,faringites e amidalites bacterianas q evoluem p FR e endocardites

Anônimo disse...

hipóteses diagnósticas:faringite causada por estreptococo
conduta: penicilina, normalmente sob a forma de comprimidos, para erradicar a infecção e prevenir complicações como a moléstia reumática (febre reumática). Os indivíduos alérgicos à penicilina devem utilizar a eritromicina ou um outro antibiótico.
exames: cultura, ecg, para afastar complicações da febre reumática
isabella menezes costa

Anônimo disse...

O edema cervical é o sintoma mais atípico do caso. O aumento da temperatura local, bem como a presença de dor à palpação são manifestações típicas de inflamação e sugerem que o edema seja um abscesso cervical. Tal enfermidade ocorre comumente após uma infecção viral ou bacteriana como gripe, otite ou tonsilite, o que foi a provável causa neste caso, apoiada pela hiperemia das tonsilas. Também não podemos esquecer a possibilidade de ter sido a ingestão de um corpo estranho ou conseqüência de uma má higiene bucal.
Logo, é válido pedirmos uma cultura do abscesso com exame para coloração GRAM, bem como uma radiografia de tórax e de pescoço, tanto para avaliar a possibilidade de corpo estranho como para diagnosticar recentemente afecções como pneumonia aspirativa. O melhor exame para avaliar a extensão do abscesso, no entanto, é uma TC com contraste.
A hiporexia é, provavelmente, conseqüência da provável dificuldade de engolir que a paciente esta sentindo, o que explica a desidratação (devido à diminuição na ingestão hídrica) juntamente com os vômitos. Vale a pena também pedir dosagem de eletrólitos da paciente para avaliar a perda devido ao vômitos.
A paciente pode estar também com dificuldades respiratórias, dependendo da extensão do abscesso, este pode chegar a comprometer outras estruturas no pescoço, incluindo a traquéia – Isso explicaria porque ela está descorada.
A mucosa oral acinzentada, por sua vez, é um efeito colateral comum de alguns fármacos – Como não se refere medicação anterior além do paracetamol no caso, no entanto, é pouco provável que esta seja a causa.
As vias aéreas devem ser priorizadas como a primeira etapa do tratamento. No entanto, para a escolha do antibiótico ideal e a possibilidade de tratamento cirúrgico (drenagem, por exemplo), precisamos dos exames complementares. É bem provável, no entanto, que encontremos uma colonização parecida com a da flora bucal. Não se pode esquecer dos sinais vitais da paciente de uma forma geral, com reposição de volume (lembrar que ela está levemente taquicárdica, o que pode sugerir hipovolemia!) e eletrólitos.

Tiago Moreno de Almeida Araujo

Anônimo disse...

A)Hip�tese diagn�stica:faringite ou amigdalite,causada por estreptococo
B)Conduta:Hidratar a paciente.Usar penicilina G e em caso de alergia � penicilina,usar eritromicina.
C)Exames complementares:
ECG(para excluir suspeita de endocardite)
cultura de orofaringe

Anônimo disse...

As principais hipóteses diagnósticas são faringite ou amigdalite causada por estreptococo, devido aos vômitos,edema circular cervical,tonsilas palatinas hiperemiadas e à cárie dental.
O edema cervical,a hiperemia das tonsilas palatinas e a mucosa oral com membrana acinzentada também levam a pensar em difteria, mas se a criança está com o calendário vacinal em dia(vacina DPT)essa opção é mais remota.
Conduta: tratar com penicilina G benzatina,ou eritromicina, se a criança for alérgica à penicilina.Deve-se fazer também uso de analgésico e antitérmico e hidratação.
Exames complementares:
-Cultura de orofaringe para confirmar ou não a suspeita;
-ECG para avaliar a possibilidade de febre reumática e endocardite.Se houver febre reumática a paciente terá que fazer uso de penicilina G benzatina de 21 em 21 dias por muitos anos.

Anônimo disse...

1. As hipóteses diagnósticas são amigdalite, faringite, mononucleose infecciosa, difteria, sarampo, rubéola e caxumba. Já que a criança está com o calendário vacinal em dias, então podemos descartar a difteria, sarampo, rubéola e caxumba, uma vez que a imunização da criança a previne contra essas doenças. A mononuleose infecciosa sintomática é incomum em crianças pequenas (é mais comum entre 15 – 25 anos). Ficamos assim com a amigdalite ou faringite como hipótese diagnóstica mais aceita.
2. Sendo assim a melhor conduta é a hidratação oral do paciente e iniciar o tratamento contra infecção por estreptococos pyogenes com penicilina G benzatina 600.000 U IM dose única. Esse é o tratamento adotado, pois a faringite e amigdalite causadas por bactérias tem uma febre mais persistente, que demora a regredir como ocorre no caso exposto, é mais comum em crianças acima de 2 anos (no caso citado a criança tem 5 anos) e o paciente não apresenta sintomas de uma infecção viral (coriza, tosse, espirro, rouquidão).
3. Sim, eu pediria um exame complementar e no caso seria uma cultura com swab da orofaringe para identificação da bactéria.

ALESSANDRO SANTIAGO DE SOUZA

Anônimo disse...

As hipóteses diagnósticas para o caso são:
Faringite e/ou amigdalite estreptocócica
Difteria
Abscesso dentário
Caxumba

A Difteria tem como sintomas dor de garganta, prostração, aumento dos linfonodos submandibulares e cervicais podendo ser intenso, configurando o “pescoço de touro”. Há formação de pseudo-membrana diftérica localizada na faringe sendo uma placa branco acinzentada na faringe que sangra com o descolamento comum a paciente em questão. O que pode afastar a possibilidade desta patologia é o calendário vacinal completo referido pela mãe.
A parotidite ou caxumba tem como sintomas comuns à paciente febre, mal-estar, mialgias, aumento e dor da glândula parótida com comprometimento da parótica contra-lateral em 70% dos casos. Tem como agente etiológico o S. aureus.
Abscesso dentário pode causar dor localizada, calor, edema, rubor, febre e anorexia. Estes sintomas são apresentados pela paciente embora não justifique os vômitos. Há uma possibilidade deste ser o foco primário da infecção, já que a faringite pode ter como agente qualquer estreptococo e a cárie dentária é causada pelo S. mutans ou S. mitis.
Os sintomas como febre, mal estar, amigdalas aumentadas, faringe hiperemiada, adenomegalia cervical aproxima do diagnóstico de faringite por estreptococos , sendo esta hipótese muito provável.
Os exames solicitados são: swab da garganta para análise microscópica direta para saber o agente importante tanto para o direcionamento do diagnóstico como para o tratamento com a melhor antibioticoterapia.
Alívio da dor , alimentação líquida ou pastosa e hidratação venosa.

Tiago Gomes

Anônimo disse...

1)Como a paciente apresenta náusea vômito, hiporexia, edema cervical circular (indicando inflação dos ganglios linfáticos), desidratação,tonsilas palatinas hiperemiadas, cárie no incisivo esquerdo e mucosa oral com menbrana acinzentada as hipóteses diagnósticas são:
.faringite
.amigdalite

2)Conduta:
Iniciar hidratação além da terapêutica medicamentosa que deve ser feita com Penicilina G benzatina IM,para os pacientes alérgicos à penicilina deve ser feito o uso de eritromicina.

3)Os simtomas e sinais clínicos apresentados pela paciente podem ser suficientes para que seja feito o diagnóstico;exames complementares como o ECG pode ser realizado para afastar a hipótese de endocardite que é uma das complicações da faringite assim como também a febre reumática.

Anônimo disse...

A difteria é a doença que se encaixa melhor com o quadro apresentado, devido à presença de edema cervical circular doloroso, mucosa oral com membrana acizentada (angina diftérica), febre, redução do estado geral e tonsilas hiperemiadas. Essa condição deve ser investigada até ser descartada, mesmo que o calendário vacinal esteja completo (a vacina confere imunidade temporária). Outras condições que podem formar uma angina pseudomembranosa são mononucleose infecciosa (por EBV) e angina de Paul Vicent (relacionada a uma má higiene dentária). Pode se pensar ainda em amigdalite estreptocócica (presença de cárie dentária) e parotidite (ex: caxumba). A conduta seria administração de SAD (soro antidiftérico), penicilina G cristalina, hidratação e tratamento sintomático, além de instrução sobre correta higiene bucal. Poderiam ser úteis na avaliação da paciente: hemograma, pesquisa de secreção e radiografia cervical.

Luiz Eduardo Leocádio

Anônimo disse...

- Sarah Pinheiro -

*Uma hipótese diagnóstica seria a difteria, uma vez que essa tem elevada incidência em crianças de 2-7anos; cursa com redução do estado geral, quadro agudo de infecção da orofaringe, hiporexia (possivelmente devido à disfagia) e febre moderada, pode haver intenso edema do pescoço, com gânglios linfáticos aumentados (pescoço taurino). Vale salientar que na presença desses sintomas em crianças a suspeita de difteria independe do estado vacinal, de acordo com a FUNASA.
Assemelha-se também a um quadro de IVAS, mais especificadamente uma faringoamigdalite aguda, em virtude da incidência pediátrica, da hiperemia em amígdalas, do edema cervical com sinais flogísticos, da prostração e da palidez.
Também devemos diferenciar de caxumba e abscesso de pescoço

*Conduta:
Repouso;
Irrigação da faringe com solução salina isotônica morna;
Hidratação oral;
Manutenção hidroeletrolítica;
Dieta líquido-pastosa;
Antibioticoterapia, iniciar penicilina benzatina ( pois cobre os agentes das minhas principais suspeitas diagnósticas): Penicilina benzatina, IM 1.200.000 U, p/ peso > 25 kg; 600.000 U, crianças com peso até 25 kg.

*Exames complementares:
Exame laboratorial de esfregaço da orofaringe;
Hemograma;
Teste rápido para busca de estreptococo.

- Sarah Pinheiro -

Anônimo disse...

A principal hipótese diagnóstica é faringite estreptocociaca. Fazer diagnóstico diferencial com abscesso dentário.
Conduta: pedir teste rápido que detectam antígenos da bactéria ou cultura da orofaringe (O teste rápido têm vantagens em relação à cultura quanto ao tempo, facilidade de execução
(em minutos) e baixo custo).Prescrever antitérmico e gargarejo água + sal
e iniciar tratamento antibiótico


Para os não alérgicos à penicilina:
• fenoximetilpenicilina: 50.000U/kg/dia, 8/8 horas, com o estômago vazio, 10 dias, ou
• amoxacilina: 30 a 50mg/kg/dia, de 8/8 ou de 12/12 horas, por 10 dias, ou
• penicilina benzatina: menos de 30kg - 600.000 U IM, uma dose
mais de 30kg - 1.200.000 U IM, uma dose
Para os alérgicos à penicilina:
• eritromicina: 20-40mg/kg/dia, de 8/8 horas, por 10 dias; dose máxima: 500mg, de 8/8 horas.

Bruno Lima

Anônimo disse...

Principal Hipótese diagnóstica: Difteria. Diagnósticos diferenciais: Caxumba, Tireoidite Aguda, Mononucleose infecciosa.

O que mais chama atenção no caso é a presença do edema circular cervical que é bem típico da difteria: "Pescoço Taurino" (aumento do pescoço por comprometimento dos gânglios linfáticos da área. A difteria, que tem como agente etiológico o Corynebacterium diphtheriae (bacilo gram-positivo), também cursa com febre, comprometimento do estado geral do paciente, prostração, palidez, entre outros, que explicam a maior parte dos sinais e sintomas do caso.
A caxumba cursa com febre, acometimento das glândulas salivares com presença de dor à palpação, anorexia, náuseas e vômitos, que podem explicar o caso.
A tireoidite aguda cursa com dor tireoideana referida para garganta e orelhas, pequeno bócio hipresensível, podendo ser assimétrico, febre, disfagia, eritema sobre a tireóide.
A mononucleose é mais comum na infância, atingindo grupos socioeconômicos desfavorecidos (assim como a difteria), cursa com febre, faringite (com aumento das amígdalas), linfadenopatia, com linfonodos aumentados , principalmente cervicais posteriores, hipersensíveis e simétricos.

Conduta: Administração de soro antidiftérico – 60.000-80.000 UI, EV; Eritromicina 40-50mg/kg/dia; repouso, manutenção do equilíbrio hidreletrolítico, nebulização e aspiração freqüente de secreções.

Exames complementares: Exame bacteriológico e histopatologia das lesões de tonsilas e cultura para confirmar diagnóstico de Difteria.
Para descartar os diagnósticos diferenciais: Cultura para vírus do gênero Paramyxovirus (caxumba); hemograma, leucograma, VHS, dosagem de T3, T4 e TSH ( tireoidite aguda); leucograma, pesquisa de anticorpos específicos para Epstein-barr, níveis séricos de aminotransferases ( Mononucleose infecciosa).

Sarah Carolina N. Álvares

Anônimo disse...

o HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS:
FARINGOAMIGDALITE AGUDA ESTREPTOCÓCICA (FAE)- O início é mais ou menos súbito, com febre alta, dor de garganta, prostração, cefaléia, calafrios, vômitos e dor abdominal. Na inspeção da orofaringe, há congestão intensa e aumento de amígdalas, com presença de exsudato purulento e petéquias no palato. Ainda pode estar presente adenite cervical bilateral. É opinião de vários pediatras, que durante o exame físico, ao encontrar congestão faríngea, aumento significativo do volume amigdaliano (com ou sem exsudato), linfonodomegalia cervical dolorosa e ausência de coriza está autorizado a realizar o diagnóstico presuntivo de FAE e a dar prosseguimento à conduta adequada;
DIFTERIA – O quadro inicia-se com sintomas inespecíficos, tais como febre baixa, anorexia e mal-estar. Em seguida, ocorre formação das pseudomembranas aderentes, que se caracterizam por coloração branco-acinzentada com um halo de palidez ao seu redor, e um aspecto consistente e homogêneo. A doença típica manifesta-se por comprometimento acentuado do estado geral do paciente, que se mostra prostrado e pálido. Neste caso caracteriza-se o tipo hipertóxica (difteria maligna) é como são denominados os casos graves, intensamente tóxicos, que desde o início apresentam importante comprometimento do estado geral do paciente. As placas estendem-se pelas amídalas, recobrindo-as e, freqüentemente, invadem as estruturas vizinhas, podendo ser observadas nos pilares anteriores, úvula, palato mole e retrofaringe, além de apresentarem aspecto necrótico e característica invasiva. Há um aumento importante do volume dos gânglios da cadeia cervical e edema periganglionar, duro e bastante doloroso à palpação, caracterizando o chamado “pescoço taurino” da difteria;
FARINGITE POR MICOPLASMA E CLAMÍDIA (MAIS COMUM EM ADOLESCENTES);
FARINGITE MENINGOCÓCICA OU GONOCÓCICA (MAIS COMUM EM ADOLESCENTES E ADULTOS);
RINITE ESTREPTOCÓCICA;

oCONDUTA TERAPÊUTICA:

oTRATAMENTO GERAL
Repouso no período febril;
Estimular ingestão de líquidos não ácidos e de alimentos pastosos, de preferência frios ou gelados;
Manuntenção do equilíbrio hidroeletrolítico;
Analgésico e antitérmico: ibuprofeno ou acetaminofeno;
Irrigação da faringe com solução isotônica morna.

oTRATAMENTO ESPECÍFICO
No caso da faringoamidalite aguda estreptocócica utiliza-se antibióticoterapia, com primeira escolha para penicilina G ou amoxicilina:
-Fenoximetilpenicilina (Penicilina V Oral). Doses:
<27 kg: 400.000 U (250 mg), 8/8 horas, por 10 dias.
>27 kg: 800.000 U (500 mg), 8/8 horas, por 10 dias.
-Amoxicilina: 40-50 mg/kg/dia, VO, 8/8 horas ou 12/12 horas, por 10 dias.
-Penicilina G benzatina: garante o tratamento em casos de suspeita de má adesão ao tratamento. Doses:
<27kg: 600.000 U, IM, dose única.
>27kg: 1.200.000 U, IM, dose única.

O tratamento específico para a difteria é o soro antidiftérico (SAD), o qual inativa a toxina circulante e ativa a ação de anticorpos para neutralizá-la.
O uso de antibiótico deve ser considerado como uma medida auxiliar da terapia específica, para interromper a produção da exotoxina e diminuir o período de transmissibilidade, através da destruição dos bacilos:
-Eritromicina. Dose:
40-50mg/kg/dia (dose máxima de 2mg/kg/dia), 8/8 horas, VO por 14 dias
-Penicilina G procaína. Dose:
50.000 U/kg/dia (dose máxima de 1200000 UI/dia), 12/12 horas, IM, por 14 dias.
Ainda para a difteria, utilizaria também carnitina (na dose de 100mg/kg/dia VO 12/12 horas) para prevenção de formas graves de miocardite.

o EXAMES COMPLEMENTARES
oExame de cultura para diagnóstico de FAE, ou mesmo a realização do teste rápido de identificação direta de material da garganta;
oPara a difteria semelhantemente o diagnóstico laboratorial faz-se através da cultura positiva, em meios específicos, de material coletado de naso e orofaringe (N.G.) ou de lesão de pele.
oOutros testes específicos para diagnóstico diferencial, como mononucleose, micoplasma,gonococo, ECG (para excluir endocardite), entre outros.

Acredito que seja conveniente não aguardar o resultado para iniciar o tratamento específico de acordo com a história clínica do paciente, em virtude de a cultura demandar, em média, sete a dez dias para ser concluída.

Anônimo disse...

Faringite com complicações para tecidos mais profundos por via hematogênica ou linfática, causando linfadenite cervicale e,até, formação de abscessos parafaringiano.
Outra hipótese de diagnóstico seria uma meningite por infecção do trato resporatório superior ou por uma complicação da faringite.
Fazer acesso venoso no paciente uma vez que o mesmo apresenta mucosa oral com membrana acinzentada e sinais de desidratação.
Solicitar hemograma,fazer cultura da orofaringe para confirmar a faringite estreptocócica.
Em caso de suspeita de meningite solicitar análise do LCR.
Fazer uso de Penicilina G benzatina 600.000 U i.m. ou Penicilina V 125mg v.o. 4vezes por dia durante 10 dias no caso a faringite em crianças.a penicilina G também é aceitável prara o tratamento da meningite ou pode-se usar uma cefalospoina de segunda geração como a cefotaxima (2g i.v. 8h/8h) ou ceftriaxona(1g i.v. 12h/12h)


MARYCELLIA BEZERRA

Anônimo disse...

Hipóteses diagnósticas: amigdalite e faringite propriamente dita ou levando a infecção e formação de coleção na região cervical. Difteria e paroditite estariam a princípio excluídas devido ao calendário vacinal em dia.
Conduta: iniciar antibioticoterapia empírica com amoxicilina 50mg/kg/dia 8-8h em 6 dias, ou penicilina 600.000 - 1.200.000 UI dependendo da criança; tratamento sintomático; manutensão da hidratação.
Exames: cultura de microorganismo da orofaringe, radiografia e tomografia de cabeça e pescoço p identificação de abscesso, sorologia para difteria e caxumba.

Unknown disse...

Estamos diante de uma faringite, como a cultura foi negativa, o tratamento é sintomatológico, repouso, hidratação e analgesia, porém se ela fosse positiva faria amoxicilina 50mg/kg/dia de 12/12h.

Camila Souto

Sandra Medeiros disse...

Principais hipóteses diagnosticas:

1) Difteria - A paciente, apesar de apresentar calendário vacinal completo, não está isenta da doença, porque a difteria também pode ocorrer em pacientes imunizados. Os sinais e sintomas – náusea, vômito, hiporexia, febre, edema cervical, hipodinamia, mucosa oral com membrana acinzentada e tonsilas palatinas hiperemiada – sugerem difteria.

2) Infecção dos Espaços Cervicais Profundos (IECP), já que entre as causas mais freqüentes de IECP estão os focos sépticos dentários e as infecções faríngeas e amigdalianas. Desidratação, tonsila palatina hiperemiada, cárie no incisivo inferior esquerdo, edema cervical (quente e doloroso à palpação) e febre, podem sugerir IECP com formação de abscesso.

Conduta

Administração de antitoxina diftérica;
Antibioticoterapia empírica contra C. diphteriae, Estafilococos, Estreptococos e Anaeróbios – Penicilina + Metronidazol;
Cultura de orofaringe;
Isolamento do Corynebacterium diphteriae;
Observar evolução da paciente.

De acordo com resultado clínico e laboratorial:
Se difteria, continuar a administração da penicilina;
Se IECP, observar se houve regressão do edema com a antibioticoterapia. Se não houve regressão, podem ser necessários exames radiológicos: radiografia cervical, tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética. Diante da formação de abscesso, pode-se lançar mão da aspiração do abscesso e hemocultura e cultura do material obtido por aspiração.
Se o tratamento clínico não for suficiente, pode ser necessária a drenagem cirúrgica.

Anônimo disse...

A ASLO reagente identifica anticorpo antiestreptococo (o que não garante que o quadro seja de origem estreptocócica); o VHS aumentado é inespecífico, porém junto à leucocitose e bacterioscopia fala a favor de inflamação bacteriana; o edema em partes moles sugere abscesso cervical e/ ou faringite.
Conduta: internação para melhor investigação; antibióticoterapia empírica (apesar de amoxicilina ter boa indicação para infecções do trato respiratório, estudos recentes têm mostrado tendência a resistência, com isso penicilina ainda é ao medicamento de escolha em 600.000 U <27kg ou 1.200.000 U >27kg - http://archpedi.ama-assn.org/cgi/content/full/158/10/977); tratamento sintomático; dieta adequada; hidratação; manutenção da via aérea pérvia e suporte oxigênio se necessário.

Anônimo disse...

-Sarah Pinheiro-

*A presença de ASLO reagente indica com sensibilidade de 80% que existem anticorpos antiestreptococicos na circulação sanguínea da criança. Esse item associado à presença de gram + na lesão orofaríngea sugere fortemente o diagnóstico de faringoamigdalite bacteriana.
O VHS aumentado e a leucocitose sugerem processo inflamatório presente.

*A conduta tem como objetivos erradicar o foco infeccioso, tratar a sintomatologia e prevenir recidivas e complicações. Deve-se então avaliar a via aérea alta e baixa e os sinais de disseminação sistêmica de infecção, além de encaminhá-la ao dentista. A conduta antibiótica é determinada por todos esses aspectos.
Manter a pcte em repouso, realizar irrigação do local com solução salina isotônica morna, manter dieta líquido-pastosa supervisionada, usar antitérmicos ou analgésicos (se necessário) e administrar dose única de penicilina G benzatina 600.000 UI para pctes com menos de 25kg e 1.200.000 UI para pctes com mais de 30kg via intramuscular. Para os alérgicos a penicilina: eritromicina: 20-40mg/kg/dia, de 8/8 horas, por 10 dias.

-Sarah Pinheiro-

Anônimo disse...

Como se trata de uma possível faringite e haja visto que, a cultura realizada não forneceu dados específicos, institui-se um tratamento empérico. Deve ser feita uma antibioticoterapia já que o ASLO reagente, a leucocitose com desvio a esquerda e o edema das partes moles da região cervical falam a favor de uma infecção, por isso deve ser iniciado fe antibiótico que pode ser a amoxicilina.
O tratamento sintomatológico deve ser feito com repouso, hidratação e o uso de analgésicos.

Anônimo disse...

A conduta deve priorizar os sinais vitais e a manutencao das vias aereas, lembrando da provavel dificuldade de ingestao de liquidos e solidos da paciente!
A coloracao gram + isoladamente nao e de muita utilidade porque sofre influencia da flora bucal, exceto em alguns metodos melhores...
Muito embora nao tenha havido crescimento de cultura, a leucocitose apoia, junto aos dados de inflamacao, uma infeccao bacteriana, o que reforca a hipotese de abscesso e nos leva a uma terapia empirica, que pode ser com pen. benzatina 650.000 U IM

Anônimo disse...

A presença de gram positivo na bacterioscopia e a leucocitose presente no hemograma confirmam a inflamação bacteriana.Além disso o edema em partes moles sugeridos no raio x também podem confirmar faringite bacteriana.
Deve-se internar o paciente,tratar dos sintomas,administrar penicilina em 600.000 U <27kg ou 1.200.000 U >27kg(no caso de alergia usar eritromicina),hidratar o paciente e manter as vias aéreas pérvias.

Anônimo disse...

De acordo com os resultados do exame solicitado,mantenho minha hipótese diagnóstica de faringite com complicação para abscesso,justificando o edema de partes moles.A leucocitose indica uma infecção bacteriana.O teste VHS é utilizado com freqüência na prática clínica, mas é um marcador inespecífico de doenças.O teste de ASLO é um indicador de infecções estreptocócicas, o que confirmaria a hipótese da faringite, apesar de també ser um teste inespecífico.
Manteria a conduta citada anteriormente,pois confirmou minha hipótese diagnóstica.